sexta-feira, 1 de maio de 2009

O primeiro com o N°1

Olá pessoal, tudo certinho? Aqui começa mais uma realização pessoal, agora teremos um espaço para falar sobre automobilismo, e lembrando que isso é dedicado a todos vocês!

“A vida é medida por realizações, e não por anos.” Bruce McLaren (1937-1970)

A idéia de criação deste blog surgiu de uma sugestão do meu amigo Ricardo Lima, e hoje dou início às atividades falando do maior ídolo brasileiro ou, quem sabe, mundial. Neste post de estréia falarei do eterno AYRTON SENNA.

Sobre o mito

Ayrton nasceu em São Paulo no dia 21 de Março de 1960, filho do Sr. Milton, grande empresário brasileiro, e de D. Neide, ganhou seu primeiro kart aos quatro anos de idade, o kart, feito pelo próprio pai com um motor de cortar cana, foi o primeiro contato dele com o mundo da velocidade.

Aos 13 anos de idade Senna começa a competir oficialmente, e conquista em 1974 o título Paulista da categoria Júnior, em 1976 torna-se Campeão brasileiro e em 1977 ele mostra sua competência e vence o Campeonato Sul-americano de Kart, depois de ter sido vice-campeão em outras ocasiões.

Em 1981 Ayrton começa a competir na Europa, vencendo o Campeonato Inglês de Fórmula Ford 1600, e no ano seguinte tornava-se também campeão da Fórmula 2000 européia e britânica. No ano de 1983 venceu o campeonato inglês de Fórmula 3, e fez alguns testes para equipes da F-1. O primeiro teste foi com a equipe Williams, no circuito inglês de Donington Park, onde bateu o recorde da pista no primeiro contato com um carro de Fórmula 1. Porém, Ayrton só conseguiu um contrato para temporada de 1984 com a equipe fraca equipe Toleman.

1984 – O talento é revelado na Toleman

GP do Brasil de 1984 – A estréia

Realizado em 25 de Março de 1984, no circuito de Jacarepaguá, Ayrton largou em 16º, uma posição a frente de seu companheiro de equipe, o venezuelano Johnny Cecotto. Ayrton vinha bem, na 9ª posição, mas na oitava volta sofreu problemas com o turbo do seu carro e foi forçado a abandonar, seu companheiro de equipe abandonaria mais tarde com o mesmo problema.

Alain Prost venceu esta corrida, seguido pelo finlandês Keke Rosberg e com Elio de Angelis completando o pódio. O outro brasileiro, Nelson Piquet, campeão da temporada passada, abandonou com problemas no motor de sua Brabham.

O começo da temporada não foi animador para Senna, mas ele se mostrava confiante para próxima etapa.

GP da África do Sul de 1984 – O primeiro ponto

Na classificação Nelson Piquet faz a pole. Ayrton supera mais uma vez seu companheiro de equipe, que largava apenas na 19ª posição, enquanto o brasileiro de capacete amarelo largava em 13º.

A corrida teve uma dobradinha da McLaren, Niki Lauda venceu seguido de seu companheiro de equipe, o francês Alain Prost, e Derek Warwick chegou com sua Renault na 3ª posição.

Piquet e Cecotto abandonaram a prova, já Ayrton completou a prova na 6ª posição, marcando um ponto. Ao fim da prova via-se um piloto claramente desgastado fisicamente, pois essa era a primeira prova na categoria que Senna completava-a.

Ao fim da prova, Senna mandou um recado pro chefe de sua equipe: “Estou pronto para chegar ao pódio, arrume carro para isso!”.

O desenrolar do campeonato

Senna continuou constantemente mais rápido que Johnny Cecotto, conseguiu marcar mais um ponto no GP da Bélgica, no GP da França vinha em 5º, mas, mais uma vez, o turbo da sua Toleman o deixou na mão. No GP de San Marino, por causa das constantes quebras de motores, Senna não conseguiu tempo para disputar a corrida, sendo esta a única vez que ele ficou de fora de uma corrida.


GP de Mônaco de 1984 – O primeiro pódio

O Grande Prêmio de Mônaco daquele ano foi inesquecível. Realizado sob forte chuva Ayrton surpreendeu a todos com a sua condução em pista molhada. Largando em 13º, Senna se recupera rapidamente e começa a atacar os líderes da prova no estreito circuito monegasco. Niki Lauda não aguenta a pressão do brasileiro e é ultrapassado por fora, Ayrton passava a 2ª colocação e começava a reduzir a vantagem do líder Prost, quando se preparava para tomar a ponta do seu futuro rival, a prova foi interrompida. Como menos de dois terços da prova não tinham sidos completados, foi dado apenas metade dos pontos aos pilotos.


Despedida da Toleman

Nas etapas finais do campeonato Senna provava que era veloz, largou cinco vezes seguidas entre os 10 primeiros, mas seu carro não era confiável e completou apenas duas. Em Portugal e na Inglaterra conquista mais dois pódios chegando na 3º posição em ambos, em Portugal aliais, teve sua melhor posição de largada no ano, um 3º lugar.

1985-1987 – A era Lotus

1985 – Um ano de aprendizado

GP do Brasil de 1985 – Um início sem sorte

Em sua primeira corrida pela Lotus, Ayrton andou forte na classificação e conquistou a 4ª colocação no grid, uma posição atrás de Elio de Angelis. Mas, Senna não completou a prova, e viu seu companheiro de equipe ir ao pódio na 3ª colocação, à frente estavam o vencedor Alain Prost e Michele Alboreto.

GP de Portugal de 1985 – Começa o reinado

O dia 21 de Abril de 1985 foi um marco na carreira de Ayrton. O brasileiro já tinha dominado os treinos e conquistado a sua 1ª pole na categoria, e durante a prova esse domínio foi confirmado. Venceu de ponta a ponta, liderando todas as voltas e cravando a volta mais rápida. Senna foi imbatível.



O rei das poles

Depois do GP de Portugal, a Lotus marcou três poles consecutivas, duas com Senna e uma com Elio. O italiano chegou a vencer o GP de San Marino, enquanto Senna abandonou estas provas. Senna e a Lotus eram perfeitos nos treinos, mas quanto a corrida a Lotus pecava em sua confiabilidade.

No GP da Bélgica ele largou em 2º, e mais uma vez sob chuva, mostrou sua competência e conquistou sua 2ª vitória. Na Austrália, última prova da temporada, Senna pilotou à La Gilles Villeneuve, andando algumas voltas muito forte sem o bico do carro e passando constantemente do limite, mas mesmo assim a Lotus não aguentou o tranco.

1986 – Senna entre os primeiros

O ano começa agitado na Lotus, Senna causou polêmica ao impedir a contratação do inglês Derek Warwick. Senna alegava que a equipe não tinha condições de manter dois pilotos de ponta, por isso a Lotus optou em contratar o escocês, campeão da F-3 Inglesa, Johnny Dumfries.

A Lotus apresentou para temporada de 1986 o Lotus 98T, que mostrou ser mais confiável que o modelo da temporada anterior.

GP do Brasil de 1986 – Dobradinha brasileira

Senna começa a temporada forte, marcando de cara a pole. No segundo posto, largava Nelson Piquet. Durante a prova esta ordem foi invertida, Piquet venceu com Senna em segundo. Ao fim da corrida, Ayrton admitiu a superioridade das Williams e das McLaren, o que faria com ele em algumas provas no decorrer da temporada não trocasse os pneus numa tentativa de se manter a frente.

GP da Espanha de 1986 – A liderança vem de uma vitória apertada

Senna marca mais uma vez a pole position, mas por possuir um carro inferior, Ayrton passa inúmeras voltas segurando os oponentes. Nigel Mansell, depois de trocar os pneus, começa a pressionar constantemente o brasileiro, na última curva Mansell usa todo o vácuo para ultrapassá-lo, mas Senna consegue cruzar a linha de chegada 0,014 milésimos de segundo a frente do inglês.


A liderança e a confiabilidade do carro vão embora

Depois de um excelente início de temporada, a Lotus é superada pelas rivais. Senna consegue ainda alguns importantes pontos e vai ao pódio em algumas ocasiões.

Ayrton chegou a vencer o GP dos EUA, lá, pela primeira vez, deu a volta da vitória segurando a bandeira brasileira, cena que a partir daqui se tornaria comum a cada vitória dele. Porém, o lance mais bonito da temporada de 1986 foi um duelo com Piquet no circuito de Hungaroring.

1987 – Despedida da Lotus

A Lotus para essa temporada evoluiu, agora era empurrada pelo forte motor Honda. Porém o início do campeonato não foi animador, Ayrton só veio pontuar na 2ª etapa com um segundo lugar em San Marino. Neste GP, aliais, Senna marcou sua única pole do ano.

Senna termina a temporada com duas vitórias, uma em Mônaco e a outra em Detroit, e na 3ª colocação no campeonato com 57 pontos. O campeão desta temporada foi o seu compatriota Nelson Piquet, que viria substituí-lo na Lotus para próxima temporada, enquanto Ayrton ia para McLaren.


1988-1993 – A dourada época na McLaren

1988 – O 1º título

A McLaren daquele ano foi imbatível. A dupla Senna e Prost venceu 15 das 16 corridas, com destaque para Ayrton, que venceu 8 vezes e marcou 13 poles, enquanto Prost fez apenas duas.

A temporada começa com um domínio do francês, nas quatro primeiras provas ele marca 33 dos 36 pontos possíveis, porém Ayrton mantinha-se tranquilo, sabia que a regra dos descartes poderia ajudá-lo, já que seriam considerados apenas os 11 melhores resultados.

Nas sete corridas seguintes Senna reage, e perde apenas o GP da França vencido pelo seu rival. Na Itália, a McLaren tem sua única derrota, Senna bate com um retardatário e abandona a prova, já Prost abandonou com problemas no motor. O GP terminou com uma dobradinha da equipe Ferrari, Berger venceu seguido por Alboreto.

Em Portugal e na Espanha Prost domina, e o título com isso poderia ser decidido no Japão, uma simples vitória de Ayrton daria o título ao brasileiro.

GP do Japão de 1988 – Uma corrida inesquecível

Senna nos treinos consegue o melhor tempo e com isso largaria na pole position, seguido por Alain Prost. Porém na largada o inesperado acontece, o motor de Senna apaga e o brasileiro cai de primeiro para 15ª posição. Ayrton começa rápido sua reação, ao final da segunda volta ele já estava na 6ª posição. Na 28ª volta Senna põe o carro ao lado de Prost e assume a liderança na freada do fim da reta. Prost com problemas no câmbio fica impossibilitado de lutar pela liderança.

Com a vitória Senna conquistava seu primeiro título mundial, Prost venceria ainda a última etapa, o GP da Austrália, mas o título mundial já tinha dono.

1989 – Senna X Prost – Têm-se início a guerra

Nesta temporada a briga pelo título ficou mais uma vez entre a dupla da McLaren, só que agora Prost tinha ao fim da temporada uma posição bem melhor que o brasileiro.

GP de San Marino de 1989 – O acordo acaba

A guerra entre os pilotos iniciou-se já na 2ª corrida da temporada. Senna e Prost fizeram um acordo que um não atacaria o outro antes do fim da primeira curva, ou seja, quem largasse melhor ficaria a frente. Este acordo entre cavalheiros tinha como objetivo a segurança de ambos. Senna, que tinha conquistado a pole, pulou na frente, até então tudo normal. Na volta três a prova foi interrompida por um acidente envolvendo Gerhard Berger, isso levaria a prova a ter uma nova largada.

Nessa nova largada Prost sai melhor, mas Senna se recupera e reassume a liderança na primeira curva. E o acordo? Senna ao fim da prova declarou que o acordo foi cumprido, ele ultrapassou Prost na 3ª volta e na saída da curva 1, a Tamburello. Senna ganhou a prova e um inimigo.

Senna sem sorte

Depois de vencer o GP do México a sorte parecia ter dado adeus a Senna. O brasileiro abandonou quatro provas seguidas, voltando apenas a pontuar no GP da Alemanha quando a sorte parecia ter voltado para o lado de Senna, pois ele herdou a vitória lá graças aos problemas de Prost no câmbio.

Ayrton vinha com um campeonato irregular, mas ainda estava na briga, porém o título só viria caso vencesse as duas últimas provas, Japão e Austrália.

GP do Japão de 1989 – Senna X Balestre

Todo brasileiro já deve ter ouvido falar sobre Jean-Marie Balestre, o presidente da FIA foi polêmico em muitas decisões, muitas delas prejudicando Ayrton Senna. Neste GP Senna sentiu o amargo gosto da derrota.

Senna, como de costume, marca a pole, porém Prost, na largada, assume a liderança e abre um pouco de vantagem. Na segunda parte da corrida Ayrton começa a reduzir a distância e começa a atacar o francês, o brasileiro vem forte e tenta a ultrapassagem na chicane antes da reta de chegada, Prost não quer perder a posição e simplesmente joga o carro pra cima Senna. Os carros se enroscam e saem da pista, Prost abandona. Senna pede pros fiscais empurrarem seu carro, o que era legal na época. Senna volta à pista com o bico quebrado, dá uma volta, vai ao box, troca o bico, retorna a pista, e sai à caça de Alessandro Nannini que assumiu a liderança da prova com 16 segundos de vantagem sobre o brasileiro. Ayrton tira a diferença e ultrapassa Nannini a poucas voltas do fim, do mesmo modo que tentara ultrapassar Prost a algumas voltas atrás.

Senna venceu, vibrou muito, e foi ao pódio, mas Balestre desclassificou Ayrton alegando que o brasileiro cortou caminho. Com isso Prost tornava-se campeão daquele ano.

1990 – Bicampeonato com gosto de revanche

Mais uma vez o rival seria Prost, só que este trocava a McLaren pela Ferrari. Senna fez uma temporada melhor que Prost, o brasileiro venceu 6 provas e o francês vinha com 5 conquistas, com isso o campeonato poderia ser decidido mais uma vez no Japão.

GP do Japão de 1990 – O título é decidido no fim da reta

Ayrton mais uma vez faz a pole, seguido por Prost, que largaria por fora, na parte mais limpa da pista. Na largada Prost sai melhor, Senna o segue. No fim da reta Ayrton não recolhe o carro e acaba tocando em Prost, os dois vão parar na caixa de brita e acabam abandonando. Com o resultado Senna conquista seu segundo título mundial.

A corrida prosseguiu com um duelo entre Mansell e Piquet. O inglês abandonou a prova com problemas no câmbio, a vitória caiu nos braços de Piquet seguido pelo seu companheiro de equipe, o também brasileiro, Roberto Pupo Moreno.

1991 – O tri

A temporada começa com algumas mudanças no regulamento, a vitória agora valia 10 pontos, e a regra dos descartes não existe mais. Com isso, o início de Senna foi arrasador, ele fez pole e venceu as quatro primeiras corridas. Com destaque para o heróico GP do Brasil.

GP do Brasil de 1991 – A vitória com a 6ª marcha

Senna vinha para uma vitória tranquila, mas logo começaram a aparecer os primeiros problemas na caixa de câmbio da McLaren. A dupla da Williams, Mansell e Patrese, começam a andar forte, mas o inglês exagera na dose e roda, abandonando a prova.

Patrese começa a tirar em média 3 segundos por volta, naquela altura Senna só contava com a sexta marcha, a vantagem de 40 segundos rapidamente foi aniquilada e pra piorar as coisas começava a garoar em Interlagos. Mesmo assim, Ayrton trouxe no braço a vitória mais cobiçada por ele.

Ao fim da prova o desgaste de Senna era impressionante, ele sofria de espasmos musculares no pescoço e ombro. Notava-se claramente isso no pódio, pois ele tinha dificuldades de movimento.

As Williams reagem

Depois da quinta etapa, o GP do Canadá, que foi vencido por Piquet, depois que Mansell abandonou na última volta, esta sendo a última vitória de Nelson na categoria, as Williams deram show. Venceram quatro corridas seguidas. Agora era a vez da McLaren reagir, por isso contou com a ajuda da sua fornecedora, a Honda, para desenvolver seu motor. A reação veio com duas vitórias seguidas de Senna.

O campeonato seguiu disputado e poderia ser mais uma vez decidido no Japão.

GP do Japão de 1991 – Senna segura Mansell

Berger faz a pole e sai na frente, seguido por Senna e Nigel Mansell. É fácil perceber que Senna segura Mansell enquanto Berger dispara na ponta, o inglês está sobre pressão, precisa da vitória para se manter vivo na disputa do título. Na 10ª volta Mansell entra forte demais na curva do fim da reta e sai da pista, dando adeus a corrida e ao título mundial.

Ayrton ainda assume a liderança da prova, mas na última curva dá a vitória de presente ao seu companheiro de equipe. Senna se torna tricampeão mundial de fórmula 1.

1992 – As Williams de outro planeta

As 16 etapas de 1992 foram amplamente dominadas pelas Williams. Nos treinos ela marcou 15 poles sendo apenas uma marcada por Ricardo Patrese, e as outras 14 pelo campeão da temporada Nigel Mansell.

Senna ainda fez uma pole no GP do Canadá, mas abandonou. As vitórias só vieram nos GPs de Mônaco, Hungria e Itália. Nesta temporada Ayrton não tinha condições de derrotar as Williams que ele considerava de outro mundo.

1993 – Vice-campeão

A hegemonia da Williams continuava, o piloto da vez era o recém contratado Alain Prost, mas mesmo assim o campeonato começou equilibrado, nas 6 primeiras provas foram 3 vitórias de Senna e 3 de Prost.

GP do Brasil de 1993 – Superando as Williams

A primeira vitória da temporada foi no Brasil, Ayrton largou em terceiro, e teve de contar com a sorte e com sua habilidade na chuva para vencer. Chuva veio no meio da corrida, Senna foi ao boxes e colocou os pneus de chuva, Damon Hill veio em seguida. Prost tentou arriscar e acabou rodando e abandonou a prova. Com isso o safety car entrou pela primeira vez em uma corrida de fórmula 1 e formava-se a fila com Hill liderando e Senna em segundo. Depois que o carro de segurança saiu Senna partiu pra cima e tomou a ponta, posição que manteria até o final.

GP da Europa de 1993 – A 1ª volta mais fantástica de um piloto

A segunda vitória da temporada foi inesquecível. Em Donington Park, Senna largava em quarto, na saída caiu pra quinto e saiu recuperando posições e assumiu a liderança antes que a primeira volta fosse concluída. Outro destaque ficou com o estreante da temporada Rubens Barrichello que saiu de 12º para a quarta colocação também na primeira volta.

Prost é tetra

Senna vence em Mônaco, Prost reage e vence quatro provas seguidas, e confirma seu tetracampeonato no GP de Portugal, a duas provas do fim da temporada. Essas duas últimas provas foram vencidas por Senna.

Ayrton terminava a temporada de 1993 confiante, pois na próxima temporada ele estaria em outro cockpit, agora Ayrton seria piloto da Williams.

1994 – O adeus do campeão

Senna forte o campeonato marca as poles nas provas que disputou. Porém a sorte não estava com ele na hora das corridas. No Brasil ele rodou, no Pacífico ele bateu na largada e em San Marino...

GP de San Marino de 1994 – Um final de semana trágico

A pista estava muito perigosa. Nos treinos livres Barrichello perde o controle da Jordan e bate violentamente na proteção de pneus, o piloto sobrevive, mas está fora da corrida. Barrichello é levado ao hospital para cuidar do nariz quebrado, Senna para tudo o que estava fazendo para ir atrás de informações sobre Rubinho, ele é impedido de entrar no hospital. Senna, porém, não desistiu, e pulou o muro do hospital para ver o amigo.

Na classificação, a primeira tragédia. A Simtek de Roland Ratzenberger bate na curva Villeneuve, depois de ter perdido o bico no meio da curva Tamburello. O austríaco morre minutos depois no hospital. Senna e os outros pilotos ficam chocados com o ocorrido, e pensam em até boicotar a corrida, mas por pressão dos organizadores do GP todos decidem correr.

A corrida começa desastrosa, na largada Pedro Lamy bate na Lotus de J.J. Lehto. Dois pneus e pedaços de carro voam em direção ao público deixando alguns expectadores feridos. O safety car entra na pista, e na quinta volta é dada bandeira verde e Senna mantém a ponta seguido por Michael Schumacher. Senna abre a 7ª volta colocando vantagem sobre o alemão, mas ao chegar na curva Tamburello a Williams de Senna passa reto e bate violentamente, o brasileiro fica imóvel dentro do carro esperando por socorro.

Depois de alguns minutos o neurocirurgião Sidney Watkins chega ao local do acidente e vê que acidente foi grave. Senna foi levado ao hospital de helicóptero, mas veio a falecer horas depois.

Outro acidente marcaria a corrida, o pneu traseiro da Minardi de Michele Alboreto saiu do eixo acertando um dos mecânicos da Ferrari, a corrida foi interrompida. Schumacher venceu, seguido por Nicola Larini da Ferrari e pelo finlandês Mika Hakkinen.

Ao fim da prova Watkins resumiu com encontrou Senna dentro do cockpit após o acidente:

“Ele estava sereno. Eu levantei suas pálpebras e estava claro, por suas pupilas, que ele teve um ferimento maciço no cérebro. Nós o tiramos do cockpit e o pusemos no chão. Embora eu seja totalmente agnóstico, eu senti sua alma partir nesse momento.”

Dados estatísticos

Títulos da Fórmula 1: três, em 1988, 1990, 1991, todos com McLaren-Honda

Vitórias: 41 (25,5%)

Pole positions: 65 (40,4%)

Pontos acumulados: 614

GP disputados: 161

GP finalizados: 105 (65,2%)

Média de pontos por corrida: 3,81

Pódios: 80 (49,7%)

Número de grandes prêmios na liderança: 86

GP onde mais venceu: Mônaco (6 vezes: 1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993)

Primeiro GP: Grande Prêmio do Brasil de 1984

Primeira pole: Grande Prêmio de Portugal de 1985

Última pole: Grande Prêmio de San Marino de 1994

Primeira vitória: Grande Prêmio de Portugal de 1985

Última vitória: Grande Prêmio da Austrália de 1993

Último GP: Grande Prêmio de San Marino de 1994

Um comentário:

Mirian Marcon Vizibelli disse...

É incrível vermos imagem de um dos maiores pilotos de F1, para mim, o maior piloto de F1. Que ousadia, que raça, e que humildade.Outro ponto preponderante dele; era arrojado, enfim, Fantástico nosso Ayrton Senna. O mais incrível é que todos os filmes, fotos, que aparece esse Campeão brasileiríssimo, ainda consegue arrancar lágrimas de brasileiros e não brasileiros que adotaram Ayrton Senna como ídolo, não por sua morte, mas pelo que foi em vida. Era imparcial, corretíssimo, e nunca gostou de chegar atrás, sempre na frente. Eu choro a ausencia, a falta de Ayrton Senna nos GP's de F1, ninguém conseguiu até hoje, nem conseguirá fazer ultrapassagens tão fantásticas, sair do último lugar na largada, e ser o winner da competição. Saudade Senna, que saudade bate lá no fundo da alma, quando vejo hoje a apresentação de F1 para classificação na corrida, falta aquele capacete que todos nós conhecemos, aquela pessoa não mais de 1,70m acredito eu, mas dentro de qualquer F1 se transformava num monstro do automobilismo.O que nos resta dizer: Saudade imensa é o que sentimos de vermos todos os domingos pela manhã, nossa Bandeira nas mãos de Senna, sendo mostrada ao mundo todo que alí o Brasil estava sendo representado pelo maior ídolo de todos os tempos de F1. Escreveria muito mais, porque voce é uma fonte inesgotável de inspiração.Saudade,saudade,saudade,palavra essa que só existe em nosso idioma, graças a Deus, então nós dizemos numa só voz: Saudade Eterna de Ayrton Senna, o maior piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. Mas voce não morreu para nós, está vivo mais do que nunca em nossos corações. Eta saudade que dói, dói, dói......